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O propósito deste blog é compartilhar (e aprender) os desafios reais de se estruturar um centro de P&D no Brasil com foco em negócios.

8/03/2011

"Inovar Para Competir. Competir Para Crescer"

No post de hoje estava pensando em escrever um pouco sobre a importância de se conhecer e, principalmente, saber utilizar os mecanismos de fomento à pesquisa e inovação no Brasil. E acho que essa proposta casou direitinho com o lançamento do "Plano Brasil Maior" pelo Governo Federal. Esse plano prevê, entre outros itens, a ampliação das atividades da FINEP e BNDES, para fomentar o processo inovador nas empresas (micros até gigantes) e alavancar o desenvolvimento econônico e competitividade.

A FINEP e o BNDES são as entidades governamentais de apoio a inovação mais conhecidas atualmente, mas não são as únicas, existem diversas agências de fomento estaduais e programas de incentivos ao P&D das agências governamentais, como por exemplo, ANEEL e ANP. CNPq também pode ser uma opção interessante quando o foco são os pesquisadores para os projetos, e muito bom também para bolsas de inovação científica em projetos FINEP
Um pouco de prática. Participei de dois programas da FINEP: ICT-Empresa e Subvenção. O primeiro, como o nome já diz, exige uma parceria com uma ICT e, a subvenção é um apoio $ a um projeto inovador dentro da empresa e, com razão, exige uma contrapartida de acordo com o tamanho da mesma. Ambos foram experiências interessantes, com vantagens e obstáculos. 
Acho que o programa ICT-Empresa podemos discutir bastante quando falarmos de parcerias, pois acredito que esses atores, muitas vezes vistos como antagonistas, são na verdade complementares (minha pesquisa acadêmica). É importante alinhar as responsabilidades de cada um.
Já a subvenção é um incentivo imprescindível para apoiar financeiramente projetos de pesquisa. A equipe técnica da FINEP é excelente e muito interessada nos projetos que envolvem alta tecnologia, em diferentes contextos: de petróleo a aeroespacial. Acredito que a maior dificuldade que tivemos na Subvenção, foi o atraso na liberação de algumas parcelas, principalmente, porque a própria FINEP estava dependendo das definições do novo governo. Dica: às vezes, é interessante que as empresas provisionem uma verba para contigência deste risco de atraso. Para empresas pequenas, a FINEP costuma priorizar seus pagamentos, pois o impacto do atraso na sua sobrevivência é maior.
Acho que a lição que aprendi nestes projetos e em outras propostas de P&D, é que estes projetos devem estar totalmente alinhados com o plano estratégico da empresa ou seu roadmap tecnológico.  Só assim, será mais fácil analisar o potencial de investimento de agentes externos e saber escolher qual(is) o(s) melhor(es). Além disso, é essencial também para a formação de parcerias que resultem em sucesso de negócio.

Essa discussão tem muito pano pra manga, então fico por aqui (estou com sono)... E em posts futuros ainda vamos discutir incentivos fiscais :) .

2 comentários:

  1. Oi Cl@riss@,

    A idéia do blog é muito boa ! Tão boa que eu, mesmo sendo muito crítico e seletivo na vinculação a estas discussões de caráter coletivo, aceitei o status de "seguidor".
    Sim, blogs são vistos como espaços "democráticos", sem muitas restrições em regras de produção. Mas... para tentar garantir uma produção de boa qualidade, que, suponho eu, é a sua intenção, faço uma sugestão que de fato agride a essência da definição de blog. É assim: blogs são espaços de discussão teoricamente infinitos. Eles tem data para começar mas não tem data para terminar. E, acho eu, é exatamente esta a razão pela qual a imensa maioria dos blogs acaba por inanição, inclusive um que eu criei mais por insistência alheia do que por vontade própria. Assim, para evitar que um blog morra de “desnutrição de conteúdo”, proponho que esta sua iniciativa muito oportuna tenha um dia para terminar. Só que este “dia” não será necessariamente um momento no tempo e sim um momento em extensão de conteúdo. O blog acaba sem morrer, quando já tivermos abordado uma quantidade de conteúdo suficiente para considerar atingido o objetivo principal da sua iniciativa, declarada no frontispício : O propósito deste blog é compartilhar (e aprender) os desafios reais de se estruturar um centro de P&D no Brasil com foco em negócios. Se este é o objetivo, podemos começar o exercício da blogação discutindo os tópicos que serão abordados. De fato, você até já sugeriu o primeiro: “...estava pensando em escrever um pouco sobre a importância de se conhecer e, principalmente, saber utilizar os mecanismos de fomento à pesquisa e inovação no Brasil.”. Este é, sem dúvida, um tópico a ser discutido mas na minha opinião, há outro que o precede ou pelo menos o acompanha: o que é a “ciência como negócio” e o que cabe dentro deste escopo ? Caso você, na sua condição de “blogueira mor”, aceitar esta sugestão, vamos passar um tempo selecionado os tópicos a serem cobertos pela blogação. Claro que esta lista será dinâmica e poderá ser alterada, editada, modificada, etceterada ao longo do tempo, com todo o democratismo que caracteriza este espaço. E nesta hora, a opinião da “mama” também conta.
    Parabéns pela iniciativa !

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  2. Oi Fábio,

    Muito obrigada pelo apoio e adorei a sua sugestão de propor uma data fim para o blog, isto é, um marco definido pelo alcance do nosso objetivo a partir das idéias discutidas e reunidas aqui. E vamos tentar alcançá-lo!

    E claro, como sua mentorada e "co-orientada", vamos abordar o tema "ciência como negócio". Na verdade, este tema que envolve parcerias com universidade é um dos temas que mais me agrada discutir e ouvir diferentes opiniões. Como propor parcerias que gerem valor de negócio para a empresa.

    Pode deixar que vou preparar um material com calma no final de semana, mas não posso entregar todo o ouro antes de defender minha tese, ;)

    Um grande abraço

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